Não existe nenhum motivo
particular para não acreditar que a mulher de Oséias tenha sido uma prostituta.
Alguns estudiosos dizem que se trata apenas duma metáfora usada pelo escritor
sagrado para dar força a sua profecia, mas os argumentos parecem não serem
suficientes. Provavelmente o profeta parte duma situação existencial e a partir
dela tira uma lição de vida para todo o povo de Israel.
Lendo o livro de Oséias vemos que no capítulo 1 YHWH pede ao profeta que se case com uma mulher que se entregará à prostituição. Oséias então se casa com Gomer, de quem tem 3 filhos: Jezrael (“Deus semeia”), Lo-Ruhamah (“Não-Amada”) e Lo-Ammi (“Não-Meu-Povo”), nomes muito significativos. O texto não diz em que consiste a “prostituição”, mas ao capítulo 3 YHWH comanda a Oséias de retomar a esposa que lhe havia traído.
É verdade que precisa verificar bem o que significa “uma mulher que se entrega à prostituição”, como é definida a esposa de Oséias em 1,2. A moral daquele tempo e as conseqüentes leis eram muito severas em relação ao adultério e pode ser que a mulher de Oséias seja alguém que viveu numa situação de adultério – mas nesse caso seria condenada à morte. Pode ser também que Gomer tenha sido alguém que cometeu idolatria, adorando outros deuses ou era uma estrangeira, que não adorava YHWH. De fato, na Bíblia a idolatria é, muitas vezes, vista como prostituição (Ex, 34,16; Lv 17,7; Os 4,12-14; Ap 2,20).
A falta de detalhes sobre a transgressão da esposa de Oséias é uma prova de que o drama pessoal de Oséias é mais do que um fato pessoal: da sua vida cotidiana tira uma lição para o povo de sua época, povo do Reino do Norte, que se afastava de YHWH, convidando-o à converção. A vida de Oséias é um gesto simbólico. De fato no Antigo Testamento muitas vezes encontramos, nos profetas, gestos simbólicos. Tal recurso é usado para que as suas mensagens tenham um realismo religioso. Assim a realidade anunciada pelo profeta torna-se tão inevitável quanto o gesto representado pelo símbolo.
Um exemplo típico desse simbolismo encontramos em Jeremias 18: Jeremias que observa o oleiro modelando um vaso, de como as vezes o vaso deve ser remodelado. A lição de Jeremias é que YHWH como agir com Israel como o oleiro com o vaso. Também profetas mais antigos usaram esse método: Samuel (1Sm 15,27-28), Aías (Rs 11,29-33), Sedecias (1Rs 22,11-12). Também outros profetas clássicos usam ações simbólicas: Ez 4,1-3; 4,9-17; 5; 24,3-14. A propósito de Ezequiel, ele interpreta como acontecimentos simbólicos questões vividas por ele: a doença (4,4-8), amorte de sua mulher (24,14-24) e a mudez (24,27; 33,22). Do novo testamento podemos tirar o exemplo de Mt 21,18ss, a figueira amaldiçoada pelo Senhor.
A veracidade desses elementos citados não é questão discutida. Portanto também aquilo que reconta Oséias não tem por que ser refutado.
Lendo o livro de Oséias vemos que no capítulo 1 YHWH pede ao profeta que se case com uma mulher que se entregará à prostituição. Oséias então se casa com Gomer, de quem tem 3 filhos: Jezrael (“Deus semeia”), Lo-Ruhamah (“Não-Amada”) e Lo-Ammi (“Não-Meu-Povo”), nomes muito significativos. O texto não diz em que consiste a “prostituição”, mas ao capítulo 3 YHWH comanda a Oséias de retomar a esposa que lhe havia traído.
É verdade que precisa verificar bem o que significa “uma mulher que se entrega à prostituição”, como é definida a esposa de Oséias em 1,2. A moral daquele tempo e as conseqüentes leis eram muito severas em relação ao adultério e pode ser que a mulher de Oséias seja alguém que viveu numa situação de adultério – mas nesse caso seria condenada à morte. Pode ser também que Gomer tenha sido alguém que cometeu idolatria, adorando outros deuses ou era uma estrangeira, que não adorava YHWH. De fato, na Bíblia a idolatria é, muitas vezes, vista como prostituição (Ex, 34,16; Lv 17,7; Os 4,12-14; Ap 2,20).
A falta de detalhes sobre a transgressão da esposa de Oséias é uma prova de que o drama pessoal de Oséias é mais do que um fato pessoal: da sua vida cotidiana tira uma lição para o povo de sua época, povo do Reino do Norte, que se afastava de YHWH, convidando-o à converção. A vida de Oséias é um gesto simbólico. De fato no Antigo Testamento muitas vezes encontramos, nos profetas, gestos simbólicos. Tal recurso é usado para que as suas mensagens tenham um realismo religioso. Assim a realidade anunciada pelo profeta torna-se tão inevitável quanto o gesto representado pelo símbolo.
Um exemplo típico desse simbolismo encontramos em Jeremias 18: Jeremias que observa o oleiro modelando um vaso, de como as vezes o vaso deve ser remodelado. A lição de Jeremias é que YHWH como agir com Israel como o oleiro com o vaso. Também profetas mais antigos usaram esse método: Samuel (1Sm 15,27-28), Aías (Rs 11,29-33), Sedecias (1Rs 22,11-12). Também outros profetas clássicos usam ações simbólicas: Ez 4,1-3; 4,9-17; 5; 24,3-14. A propósito de Ezequiel, ele interpreta como acontecimentos simbólicos questões vividas por ele: a doença (4,4-8), amorte de sua mulher (24,14-24) e a mudez (24,27; 33,22). Do novo testamento podemos tirar o exemplo de Mt 21,18ss, a figueira amaldiçoada pelo Senhor.
A veracidade desses elementos citados não é questão discutida. Portanto também aquilo que reconta Oséias não tem por que ser refutado.
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